sexta-feira, 24 de setembro de 2010

82% do país não quer descriminalizar aborto


Cantora Fernanda Brum endossa resultado



  Ao encomendar uma pesquisa Vox Populi para mapear as expectativas dos brasileiros em relação ao governo de Dilma Rousseff, o portal iG mostrou que a maioria da população não aceitaria mudanças nas leis que tratam de temas polêmicos como direito dos homossexuais, consumo de drogas e aborto. Este último, que entrou na pauta da disputa eleitoral, levou Dilma e Serra a prometerem que, caso eleitos, não  promoveriam mudanças nas regras relacionadas ao asunto. E se depender da aprovação popular, continuará longe das pautas de Brasília, já que a pesquisa aponta que 82% da população não quer que o aborto deixe de ser crime.
Em meio aos 82%, está a cantora evangélica Fernanda Brum (foto). Logo após participar do evento Noite a Favor da Vida, promovido pelo Ministério AMGI (Apoio às Mulheres com Gravidez Indesejada) da Igreja Batista da Lagoinha, a cantora relatou a amarga experiência de ter passado por 4 abortos espontâneos ao portal Lagoinha.com. Hoje mãe de dois filhos, Fernanda tem se revelado uma militante na causa anti-aborto, tema transformado em algumas de suas canções. Um percentual da renda de seu CD mais recente,Glória, será doada para a AMGI. “Quis dedicar esse disco às mulheres corajosas, que disseram não ao aborto, e decidiram que terão as suas crianças”, destacou a intérprete que passou por doloroso processo de recuperação de pós-abortos. "Tive indicação médica por causa dos embriões mortos em meu ventre. O coração parava de bater após um descolamento de placenta e eu ficava com o embrião morto na barriga, tomando medicamento para induzir a eliminação espontânea do embrião. Algumas vezes lembro-me de ter voltado da anestesia gritando: ‘Meu bebê, meu bebê!’”.

A cantora é firme ao declarar que evangélicos sempre serão contra o aborto. “Não somos dos que abortam. Somos dos que adotam. O aborto é uma violência terrível contra a mulher e contra a criança”. Sobre quem decide por essa terrível prática, ela diz: “Não temos como convencer uma mulher a não abortar com uma lei somente. É preciso o poder do Espírito Santo, o único que convence, o único que se move e o único que nos move a ter compaixão”, acredita Brum.

Confira na ìntegra a entrevista que o Tô LigadooO!!!.. tráz a você, concedida com Fernanda Brum ao Lagoinha.com sobre as experiências que teve com o aborto.

A iniciativa de sua participação e parceria com o AMGI se deu também por conta de sua própria experiência e seu testemunho em relação ao aborto?
Principalmente. Eu passei a odiar o aborto depois que perdi quatro crianças. Uma mulher só sabe o que é o aborto depois que aborta. Na verdade, nem precisa passar por isso, para saber que é ruim, mas quem passou pelo drama, dor e terror do aborto conhece-o bem a fundo. As minhas experiências me fizeram odiar o aborto com todas as minhas forças. E como odeio o aborto, amo as mulheres! Não quero que elas passem por isso. De alguma maneira, essa é a minha contribuição do beija-flor que traz um pouquinho de água em uma mata incendiada. 

O que diria de sua experiência e seu testemunho?

Eu lidei muito mal com tudo isso. Tive quatro experiências com o aborto, sendo três curetagens. Na primeira, graças a Deus, não precisei de curetagem. Na primeira, me abstraí. Não entendi, não levei a sério. No segundo aborto é que caiu a minha ficha de que havia uma criança morta dentro de mim. Era sempre assim: gerava-se até três meses e depois parava de bater o coração. Já era então um feto de um primeiro trimestre. Era uma expectativa muito grande porque já haviam mudanças no corpo. Sentia vontade de comer mais, desejo, enjôo, aquelas coisas naturais. De repente, parava o coração do bebê. Eu descobria no exame de ultrasom. Os dois abortos que tive depois que fui presentada por Deus com o primeiro filho, foram mais difíceis porque eu já tinha tido uma criança mexendo dentro de mim. Eu já sabia o que era uma gravide. A expectativa de ter outro filho era tão maravilhosa, a certeza de que estava curada, de que isso não iria se repetir, e de repente, a decepção de viver, de novo, a mesma coisa depois da fé de ter sido curada e ter recebido o Isaque. Não tem explicação o que eu vivi. O último foi mais duro porque eu fiquei um tempo com ele morto algum tempo na minha barriga. Tive de andar algum tempo dentro de um shopping para ter dilatação e as pessoas me vendo e me perguntando: “Como vai? Você está grávida?” E eu respondia: “Estou grávida, mas o bebê está morto”. E elas retrucavam: “O que está fazendo então aqui?” Foram situações bem dramáticas, difíceis e de muita dor física também. Porque o aborto dói. As contrações, a curetagem, o pós-operatório, o Endométrio todo mexido, e depois de uma nova gravidez o bebê colar numa parede que não foi mexida é um milagre. Foram então experiências terríveis que não queria que ninguém vivesse, nem espontaneamente, muito menos propositadamente. Foram seis gestações ao todo, sendo quatro abortos espontâneos e duas de fetos vivos, porque meus filhos, Isaque e Laura, estão vivos hoje. Foram dois antes do Isaque e dois depois dele, até chegar a Laura.

Uma palavra para mulheres que tiveram uma história semelhante a sua.

Perseverem e procurem a medicina. Mas em primeiro lugar, procurem o Senhor. Deus pode usar a medicina para nos abençoar, mas no meu caso, a única coisa que lancei mão da medicina foram de óvulos de hormônios que o médico pediu que eu utilizasse para aumentar a capacidade de implantação do embrião. Mas não tive nenhum tipo de ajuda como fertilização in vitro. Acho até que as pessoas podem procurar a ciência, mas em primeiro lugar, ao Senhor, porque é Ele quem sopra a vida. E não tem ciência que dê jeito se Deus não soprar a vida. Perseverem e sigam em frente.


Uma palavra para quem vive uma experiência de uma gravidez ines-perada ou indesejada e cogita a possibilidade do aborto.
Sempre digo que a mulher tem direito sobre seu corpo até receber o homem sobre ela. Depois disso, ela perdeu o direito sobre seu corpo, e principalmente sobre o corpo alheio. Há uma lei hoje do nacituro que protege o embrião. O governo, a Câmara, os deputados, na verdade Brasília, libera um advogado em favor do feto. Então, se souber de alguém que quer abortar, por favor, chame um advogado para ajudar e defender os direitos daquele bebê na barriga da mãe. A lei paga. É um negócio tão sério isso. Às vezes Deus coloca uma porta aberta como essa para uma mulher que nem queria ter um filho e cura ela das mágoas de ser mãe. Todo mundo que procura o aborto tem uma mágoa de ser mãe e um peso a respeito disso. Tenho certeza que o Espírito Santo pode ajudar. Emocionalmente, intelectualmente, até por meio de psicólogos não evangélicos que conhecemos. Muitos trabalham lindamente na recuperação de uma mãe dessas que está numa gravidez indesejada, para aceitar o bebê e entender o que está sentindo naquele momento.

Dá para dizer, por tudo que faz hoje a favor da vida, que você fez da sua luta a sua lida?

Eu acho que fiz das minhas maiores tragédias o meu maior ministério. Acho que é por aí.

Para mais informações sobre o AMGI, acesse
 www.amgi.org.br

Fonte: iG / Vox Populi / Redação Lagoinha.com

Tô Ligado! Ligadinho em JESUS, ligadinho em você.

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